A Hora é Agora
- Claudia Vilas Boas
- 20 de jul. de 2023
- 3 min de leitura
Existe uma conhecida Oração dos Índios Hopi, um povo nativo dos Estados Unidos, que vive na região do Arizona, a qual transcreverei abaixo:
“Vocês andaram dizendo às pessoas que esta é a Décima Primeira Hora.
Agora vocês precisam voltar e dizer a essas pessoas que a Hora é agora.
E que há coisas a serem consideradas:
Onde vocês estão morando?
O que vocês estão fazendo?
Quais são os seus relacionamentos?
Vocês estão em boas relações?
Onde está a água de vocês?
Conheçam o seu jardim.
É o momento de falarem a sua Verdade.
Formem as suas comunidades.
Sejam bons uns com os outros.
E não procurem fora de vocês pelo líder.
Este poderia ser um tempo muito bom!
Há um rio que agora está correndo muito rápido.
Ele é tão grande e ágil que chegará a assustar alguns. Esses vão tentar ficar na margem, e se sentirão como que deixados de lado, e vão sofrer muito.
Saibam, o rio tem o seu destino.
Os anciãos dizem que precisamos deixar a margem, saltar para o meio do rio,
manter os olhos bem abertos e as cabeças acima da água.
Veja quem está lá dentro com vocês e celebrem.
Neste momento da história, não devemos fazer nada sozinhos! No momento em que fazemos, nosso crescimento e jornada espiritual tem uma parada.
O tempo do lobo solitário acabou. Reúnam-se!
Abandonem a palavra luta, conflito, da sua atitude e do seu vocabulário.
Tudo o que fizermos agora, precisa ser feito de uma maneira sagrada
e em celebração.
Nós somos aqueles que nós mesmos estávamos esperando.”
Hà alguns anos um movimento silencioso começou a tomar uma proporção inimaginável até então. Um considerável número de pessoas começou a despertar de um sono secular, de um torpor que os mantinha inebriados e distraídos.
Acordar desse sono profundo foi assustador. Sentimentos confusos e descontrolados invadiam as mentes e corações. Revolta, medo, incompreensão, indignação, em meio a um emaranhado de conflitos e culpas.
Eram tantos questionamentos. Como nos deixamos manipular de tal forma? Por que não conseguimos enxergar coisas tão óbvias? Por que? Como? O que? Perguntas e mais perguntas.
A ignorância é confortável, mas uma vez descortinado o véu, não há como retroceder.
A busca por conhecimento, por informações e todo tipo de material que pudesse trazer alguma explicação foi frenética e as descobertas estarrecedoras.
Contudo, juntando todas as peças encontradas o que se via era a possibilidade de uma mudança de extrema importância. E era preciso aprender a suportar o caos para construir um caminho de ordem e verdade.
Mesmo desacreditados e banidos pelos adormecidos marionetes, muitos dos quais, entes tão amados, seguiram focados e firmes em seus processos e propósitos. Confiantes de que a verdade seria exposta, e todo esforço teria valido a pena.
E eis que, o tão esperado e sonhado momento está mais próximo do que se imagina.
O caos se instalando e rasgando todos os véus.
E a questão que surge nesse momento: toda a busca, todo o conhecimento não pode ter sido em vão. Há que se ter uma finalidade. Nada chega até nós por mero acaso.
A hora é agora. O motivo pelo qual tantos foram chamados e arrancados de seu confortável sono está se revelando.
É o momento de unir forças, contribuir da forma que estiver ao alcance para disseminar a verdade que precisa ser ouvida e vista pelo maior número de pessoas.
Não há salvação mágica, não há salvador nem líder, nós somos aqueles pelos quais estávamos esperando. É o momento de arregaçar as mangas e fazer o trabalho para o qual sutilmente fomos preparados e pelo qual ansiosamente aguardávamos.
A hora é agora, celebremos.
#pracegover #paratodosverem ilustração de tendas indígenas vazias e iluminadas em seu interior. Ao fundo um céu encoberto por uma suave neblina.

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