Caminho Espiritual
- Claudia Vilas Boas
- 18 de jan. de 2024
- 3 min de leitura
O mundo continua seguindo o caminho da divisão, infelizmente.
Atualmente vemos isso até mesmo no meio espiritualista. Nas religiões há tempos vemos isso, embora eu perceba que as desavenças têm diminuído de intensidade, talvez porque muitos tenham percebido que o momento pede união.
Contudo, tenho visto conflitos desnecessários entre os muitos “influenciadores” espirituais.
A missão com certeza é levar a verdade e a luz, porém entendendo que cada um tem sua missão aqui, e que não temos a menor ideia de qual ela é.
Portanto, criar fórmulas seguras e criticar o comportamento dos que agem de forma diferente, acaba criando uma espécie de segregação.
Imaginem se o Cristo Jesus tivesse pregado somente para um seleto grupo que se interessasse pelo que ele dizia. Se ele se mantivesse em uma bolha, um grupo de escolhidos. Com certeza ele não teria incomodado o sistema, não teria sido crucificado e, em contrapartida, sua mensagem e ensinamentos teriam desaparecido.
Criticar constantemente os demais, como se o caminho fosse único, tem causado desunião e desequilíbrio.
É triste ver que até entre os que vieram para trabalhar pela evolução do planeta, há os que se perdem no jogo do nós contra eles.
Sequer conhecemos a nossa missão. Ficar criticando constantemente as escolhas e atitudes dos demais para enfrentar o momento caótico presente, pode estar, justamente, os desviando de seus caminhos.
Não há fórmulas para se manter a vibração elevada, cada um tem o seu jeito.
Uns precisam se isolar, outros precisam estar atuando, outros precisam estudar, outros construir, outros orientar. O mundo precisa de diversidade.
Escrevi há tempos um texto sobre o filme “Até o último homem”. O soldado, a princípio, foi considerado covarde e foi ridicularizado e humilhado de todas as formas, por se recusar a pegar em armas. Ele não quis fugir da guerra, mas ele quis contribuir da forma que ele entendia ser a melhor para ele. E quem assistiu ao filme sabe que a persistência e resistência dele provou que ele estava certo.
Estamos em meio a muitas batalhas e cada um tem seu papel e sua forma de participar.
Alguns precisam estar na linha de frente, outros na retaguarda. Há os que escolhem estar no confronto, independente da forma de atuação, e há os que preferem esperar o conflito passar.
Todos tem sua importância, o que está faltando é respeito às escolhas alheias.
O momento é delicado, é crucial, mas tem mostrado tanta coisa que há tempos esperávamos acontecer.
Em muitos momentos tem sido desconfortável, mas isso faz parte do processo de crescimento.
Divisões e críticas desagregam e enfraquecem. Foi com esse tipo de estratégia que chegamos à esse caos, criado através dessas manipulações.
Chega disso, já deveríamos ter aprendido.
Assim como no filme citado há os que precisam lidar com os problemas da matrix, afinal estamos ainda vivendo essa realidade, enquanto outros tem como tarefa prestar o suporte emocional e espiritual.
É hora de seguir o chamado do coração, esse sempre será o mais assertivo.
E que a nossa missão se cumpra com amorosidade, com menos críticas e condenações aos que o fazem de forma diferente. Que possamos observar mais as intenções, a bondade e o caráter dos que nos cercam. Aprendamos a valorizar mais a essência e menos a forma.
Ninguém foi escolhido ou ungido pelo Criador, nós é que escolhemos o caminho da luz. E todo caminho é caminho. Alguns mais longos, outros mais rápidos, uns mais difíceis, cheios de obstáculos, enquanto há os mais suaves e constantes, mas todos nos levarão ao destino que nosso coração escolher e nossa energia nos conectar.
#pracegover #paratodosverem ilustração da silhueta de uma pessoa diante de vários caminhos tortuosos que se cruzam e levam a um vale verde.

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