Esse tal de EGO

Um questionamento sempre me vem à cabeça quando ouço as pessoas falando sobre o ego como se ele fosse algo negativo e nocivo.

Acredito que o Divino Criador não concebeu nada de absolutamente inútil ou desnecessário.

Todos precisamos do ego para garantir a nossa sobrevivência. Nos momentos de perigo, o instinto de sobrevivência é nossa chance de sair ilesos ou ao menos vivos.

O problema é, como em tudo na vida, a falta de equilíbrio. Vou tentar fazer uma analogia para explicar melhor o raciocínio.

Poderíamos comparar o ego a um guarda-costas. Ele nos segue atento para agir nas situações de risco, raciocinando de forma lógica nos momentos em que isso é exigido. Salvaguardando nossa saúde e integridade física, e até mesmo a emocional.

Contudo, caso ele entre em desequilíbrio, é nesse momento que o caldo entorna.

Um ego em desequilíbrio, seria como se o guarda-costas assumisse o protagonismo de nossa vida, o que acabaria por nos anular. Nossa verdadeira identidade ficaria oculta sob a justificativa de uma pseudo proteção.

E é isso que vemos hoje em dia. Pessoas com um ego exacerbado, fingindo serem o que não são, e muitas vezes até acreditando nessa fantasia.

E se pararmos para refletir sobre isso, o que podemos perceber?

Por trás desses personagens há pessoas frágeis emocionalmente. Pessoas com tão baixa autoestima, que precisam se valer da imagem de poder e controle para suportarem sua própria existência.

Via de regra, são aquelas pessoas temidas, porém, não respeitadas e muito menos amadas.

Embora, não raramente vivam cercadas de asseclas e bajuladores, de riqueza material, vivem uma existência miserável e vazia.

São devorados diariamente por uma vaidade que lhes consome a alma. Nenhuma conquista lhes proporciona verdadeiro prazer ou alegria, pois lá no fundinho, naquele lugar onde somente cada um de nós pode acessar...eles sabem, e como sabem, que não são merecedores.

Mesmo que finjam, têm a precisa noção da superficialidade de suas vidas e relações.

Com certeza, isso deve causar uma dor imensurável, e o peso de uma existência triste e supérflua.

Como já disse em outros textos, acredito ainda, que não há nada mais lindo e sofisticado do que a simplicidade. Nada mais reconfortante do que se sentir confortável em sua própria pele. Nada mais elegante do que poder desfilar sua própria essência.

Essa é uma reflexão que precisamos fazer constantemente, uma vez que todos estamos vulneráveis a tais desequilíbrios.

Vez ou outra é necessário encarar o espelho de nossa alma e avaliar qual traje estamos usando. Se estamos vestidos com nossas escolhas, para nós mesmos ou para agradar o externo.

E caso seja necessário, mude o estilo, retome o controle e vista-se com a sua mais pura e genuína natureza.

Afinal, tudo o que você mais precisa está dentro de você.

#pracegover #paratodosverem sobre um fundo azul, imagem de três pedras brancas com veios azuis, de tamanhos diferentes, flutuando empilhadas sobre um espelho d'água azul.