Humanidade
- Claudia Vilas Boas
- 9 de nov. de 2023
- 2 min de leitura
Na adolescência li um livro chamado “Um cântico para Leibowitz”, romance pós-apocalíptico do escritor americano Walter M. Miller, Jr., que foi publicado em 1960.
Como tantas outras obras, essa também não se perdeu no tempo e continua mais atual do que nunca.
Na época, eu devia ter por volta de 15 anos, e a obra me impactou de tal forma, que nunca mais esqueci a mensagem extraída da história.
Minha conclusão sobre a narrativa, naquele momento, foi a de que o ser humano é um eterno insatisfeito. Tem como propósito conquistar e aperfeiçoar o mundo, e torná-lo a cada dia mais confortável e tecnológico, até o ponto em que atinge o ápice. Diante do tédio e da falta de perspectivas de novos avanços, destrói tudo para recomeçar, como uma criança que empilha as peças de um brinquedo interativo para, em seguida, derruba-las.
Contudo, hoje minha leitura é totalmente diferente. Até resgatei a mesma edição, para reler, com outros olhos e mais maturidade.
Atualmente, olho a humanidade não como eterna insatisfeita, mas como uma criança que não amadureceu. O mundo vive a síndrome de Peter Pan, aliás existe um livro sobre esse tema, que li também, alguns anos depois.
Observando o comportamento de muitos hoje, e infelizmente, vários em posições de poder, tenho um ponto de vista diverso.
O avanço em tecnologia foi realmente imenso, e as possibilidades de se evoluir nesse campo são infinitas, contudo, hoje percebo que o que leva à destruição não é a insatisfação, mas a imaturidade emocional e espiritual .
A falta de valores morais e afetivos torna essa parte da humanidade insensível e incapaz de raciocinar com coerência e até mesmo inteligência.
Embora, aparentemente, tenham o controle sobre a massa, estão sendo gradativamente destruídos e corroídos por sua própria irresponsabilidade.
Corrompidos pelo poder, estagnaram emocional e moralmente.
Em contrapartida, uma outra parte da humanidade, através de suas experiências e dificuldades conseguiu entender o grande propósito de suas existências. E uma vez cientes de quem realmente são, não se dobram mais aos caprichos de garotos mimados.
Tal maturidade está gerando frutos e pouco a pouco vem alcançando novos adeptos.
A lucidez está descortinando os véus da imaturidade humana. E a cada dia, mais seres despertam para sua missão e propósito na jornada que caminha para o grande desfecho.
Os ciclos estão se encerrando. Quem aproveitou será diplomado e participará da grandiosa festa da evolução.
Infelizmente, os reprovados, a galerinha teimosa e cruel, ganhará o castigo que lhes cabe, o cantinho desconfortável e um tempo extremamente prolongado para refletir e compreender que a escuridão é apenas e tão somente, ausência de luz. E que a luz é o destino de toda a humanidade, em algum momento da eternidade.
#pracegover #paratodosverem imagem de silhuetas de várias pessoas, diante do planeta Terra encoberto por inúmeras bolas de luz branca.

Mais um texto primoroso, gratidão Claudia!
Gratidão! 🙏🏼
Parabéns hoje e sempre por suas palavras, vou postar no linkedin, obrigado.