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O tal bicho carpinteiro

  • Foto do escritor: Claudia Vilas Boas
    Claudia Vilas Boas
  • 8 de jun. de 2023
  • 2 min de leitura

Todo mundo já deve, em algum momento, ter ouvido da vovó, da mãe, de uma tia, de algum familiar ou conhecido, a expressão “essa criatura parece que tem bicho carpinteiro no corpo”.

Hoje refletindo sobre os movimentos na minha vida, cheguei à conclusão de que parece que nasci com bicho carpinteiro na alma.

Apesar de não ter um comportamento muito inquieto ou agitado, me recordo de estar sempre em busca de respostas, o que sempre me leva a enfrentar situações que me proporcionem aprendizados nessa busca.

Na infância e adolescência, apesar de viver essas fases como as demais crianças e jovens, aproveitando as brincadeiras e diversões comuns a cada época, eu cultivava também um lado introspectivo e questionador.

Adorava ler, ouvir histórias contadas pelos mais velhos e aprender sempre, sobre tudo.

Hoje olhando para trás, vejo que todas as vezes em que algum desafio apareceu no meu caminho, eu nunca desisti. Mas só hoje percebo isso.

Quantas vezes no decorrer da vida enfrentamos obstáculos, dificuldades e não nos damos conta da nossa capacidade. Normalmente admiramos as vitórias e conquistas alheias, a força, a coragem e competências dos demais e não valorizamos as nossas próprias.

Entendi que mesmo sem perceber, eu me movimentei pela vida aceitando cada desafio como uma dádiva.

Mantendo o frescor, expectativa e entusiasmo que cada nova experiência nos traz.

Aquela insegurança e ao mesmo tempo encantamento das diversas “primeiras vezes” vividas ao longo da vida.

O primeiro dia na escola, a primeira festa, o primeiro beijo, a primeira viagem, o primeiro emprego e tantas outras circunstâncias.

Também há que se lembrar das primeiras experiências de dor, decepção, perda, que muitas vezes pareciam insuperáveis, mas sobrevivi, não é mesmo?

Afinal, aqui estou, olhando para toda essa história, feliz por cada passo dado. Por cada mudança, cada guinada, cada transformação e até mesmo pelas derrapadas no meio do caminho. Cair faz parte do processo, mas levantar é imprescindível.

E quando tudo parece estar calmo e acomodado, percebo que o bichinho carpinteiro já está inquieto, ele não gosta de zonas de conforto.

É como se ele tivesse uma bússola a apontar para onde as aventuras esperam, onde desafios precisam ser enfrentados e para o local onde muitas respostas aos inúmeros questionamentos podem estar à disposição.

Uma alma inquieta nunca estagna, ela se movimenta constantemente, mesmo que de forma lenta, sempre buscando a sua essência. Sempre ouvindo o chamado da sua missão.

Se prestarmos atenção elas sempre estarão nos lugares em que podem contribuir de alguma forma. Onde haja a possibilidade de crescimento para ela e os que a cercam.

Seu lugar no mundo sempre será onde sua alma estiver vibrando em perfeita sintonia e onde puder aprender algo novo.

Onde a vida possa trazer o frescor e as emoções de mais uma “primeira vez”.

#pracegover #paratodosverem iluatração de uma mulher loira, de cabelos curtos, usando um vestido azul esvoaçãnte, sapatilhas marrons, saindo de uma mala sobre um gramado, e sendo rodeada por borboletas brancas. Ao fundo a silhueta de uma floresta, um lago e um céu azul com nuvens brancas e azuladas.


 
 
 

2 Comments


jfranciscooliver
Jun 09, 2023

Parabéns, a minha vida foi e continua assim como voce expôs. Eu tenho sempre projetos de vida e de trabalhos a desenvolver, e assim, a mente cada vez mais tranquila e sem ressentimentos no passado e na atualidade.

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Claudia Vilas Boas
Claudia Vilas Boas
Jun 09, 2023
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Bom saber que você se identificou com essas reflexões. Parabéns por estar sempre buscando o crescimento. Gratidão pelas palavras! 🙏🏼☺️

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