Há tantos tipos de saudade.
Algumas temporárias, com prazo definido, e que se mata da forma mais gostosa. Com reencontros, abraços, beijos e até algumas lágrimas, que transbordam porque a alegria é tamanha que não cabe dentro do peito.
Tem aquela saudade do que se foi e não retornará. Que pode diminuir com o tempo, mas nunca se extinguirá.
E a mais difícil de todas, a saudade de nós mesmos. Esta nos pega de surpresa quando nos damos conta do quão distantes estamos do nosso verdadeiro eu.
Ao nos perdemos de nós, deixamos para trás a nossa vida, para sobreviver alimentando sonhos que não são os nossos. Passamos os dias orbitando ao redor de outras vidas, nos espremendo para nos encaixarmos onde não cabemos, enquanto a nossa essência vai sendo abandonada pelo caminho.
E seguimos assim, até que, em algum momento, a saudade será tão insuportável, que inevitavelmente buscaremos o trajeto de volta.
E quanto maiores forem o tempo e a distância desse afastamento, mais difícil será o retorno.
Talvez tenhamos que voltar à nossa infância para resgatar a essência mais pura, quem realmente éramos antes de nos escondermos atrás de personagens, interpretando papéis secundários no teatro da vida.
Nossa consciência nos cobrará a coragem para assumir o protagonismo da nossa história.
Retomar a trajetória rumo ao nosso propósito e de acordo com as nossas escolhas, é a melhor forma de matar essa saudade que nos dilacera o peito cada vez que nos perdemos nos desvios e caminhos alheios.
Esse é um dos reencontros mais valiosos e imprescindíveis. Essa é a saudade que nos traz de volta. De volta...para ocupar nosso verdadeiro lugar no mundo.
#pracegover #pratodosverem ilustração em preto e branco, de uma garota de cabelos longos, olhos fechados, abraçando um enorme coração.
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