Estamos vivendo tempos de intolerância!
Tempos de incompreensão e solidão.
Muitas pessoas vivem cheias de certezas, tentando impor sua verdade a todos que as cercam.
Divergências sempre existirão, e é bom que existam, pois são a mola que nos impulsiona a reflexões e crescimento, desde que não sejamos refratários à idéias alheias.
Independente de onde venha a alegação devemos sempre analisar e questionar, ou correremos o risco de nos tornarmos idólatras cegos ou censores radicais.
Questionamentos nos trazem a possibilidade de buscar pontos convergentes, equilíbrio e evolução.
Existem pessoas que talvez para se sentirem incluídas ou aceitas em determinado grupo ou comunidade acabam reproduzindo falas e comportamentos que não correspondem totalmente com a sua verdadeira essência e valores. Acabam por abrir mão de ser quem verdadeiramente são, talvez por insegurança ou carência. Isso é triste e até solitário, pois se você teve que se moldar para ser aceito não se criou ali uma relação ou vínculos verdadeiros. E será que isso vale a pena? Nos momentos de introspecção, talvez sua consciência te cobre uma postura mais honesta consigo.
Os julgamentos hoje são muito rápidos e rasos.
Quando alguém expressa uma opinião ou comportamento, antes de julgar deveríamos pensar que cada um foi criado com valores e princípios diferentes, conviveu em meios e com pessoas diversas, têm suas histórias de dor, de lutas, de vitórias e fracassos, e tudo isso influencia na formação do caráter e das convicções. Cada ser humano tem suas próprias perspectivas, expectativas e prioridades.
E desde que não se esteja cometendo algum ato cruel ou criminoso, o fato de terem uma visão de mundo divergente não obriga as pessoas a se tornarem adversárias.
Mas infelizmente não é isso que se vê hoje em dia.
Chega-se ao absurdo de discutirem de forma agressiva até por torcerem por times de futebol diferentes, sendo muita incoerência, uma vez que se trata de um esporte coletivo, formado por atletas com características e habilidades díspares, e que precisam justamente aproveitar essas distinções para produzir um bom trabalho em equipe.
Precisamos urgentemente aprender a ouvir e respeitar mesmo quando discordamos absolutamente.
A intransigência, a crítica constante, a tentativa de convencer mostra uma total falta de empatia pelo outro.
Tirando o fato de que um dia deixaremos de existir aqui nesse planeta, não existe certeza absoluta sobre mais nada.
Até mesmo quanto ao que acontece depois que partimos dessa vida, cada qual segue suas premissas de acordo com suas crenças e vivências. E cada opinião deve ser respeitada ou corremos o risco de nos perdermos e perdermos também pessoas que poderiam agregar mais qualidade e sabedoria em nossa vida.
Existe um ditado oriental que diz que “nos foram dados dois olhos, dois ouvidos e uma boca, para vermos e ouvirmos duas vezes mais do que falamos.” Então que saibamos ter parcimônia em nossas críticas e julgamentos e que sejamos pródigos em respeito aos sentimentos e pensamentos alheios.
#pracegover foto em preto e branco mostra duas mulheres sentadas em um banco de praça. A mulher da esquerda é morena, veste calça e blusa e está com as pernas cruzadas e as mãos sobrepostas e espalmadas em frente ao rosto. A mulher da direita é loira, está sentada de lado, com as pernas cruzadas, veste saia e blusa jogada sobre os ombros, pernas cruzadas e tem uma mão no colo e a outra mão cobrindo os olhos.
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